sexta-feira, 6 de maio de 2016

The Sun Trip (2015) - uma corrida épica com a energia do Sol







Já há algum tempo que me tinha comprometido a publicar uma pequena mensagem sobre a corrida "The Sun Trip".

O prometido é devido e, portanto, aqui está essa mensagem.

O objectivo desta corrida é demonstrar que é possível fazer longas distâncias sem emitir gases com efeito de estufa; que é possível viajar (de bicicleta, no caso) sem que essa viagem tenha qualquer emissão de CO2.

Para tanto, as bicicletas são equipadas com motores eléctricos cujas baterias são alimentadas exclusivamente por painéis solares fotovoltaicos. Se os participantes utilizarem outra fonte de energia eléctrica que não a fotovoltaica, serão desqualificados. 

Para os mais interessados, as regras da edição de 2015 estão aqui.

A edição de 2015 foi um pouco menos épica do que a de 2013, tendo o percurso inicial (de Milão, Itália,  a Astana, Cazaquistão), só de ida, sido substituído por um percurso circular, de Milão até Capadócia, na Turquia, e regresso. Isto num total de 7500 km. 

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Percurso inicial

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Percurso definitivo

A mundialmente famosa Race Across América (RAAM) tem cerca de 4500 km e é feita (não só mas também) por profissionais. Talvez a comparação não seja muito boa... pois na RAAM é suposto que as bicicletas não sejam electricamente assistidas...

Este ano, Bernard Cauquil completou os 7.500 kms em 22 dias! Fez uma média sempre superior a 300km por dia!

A sua bicicleta tinha algumas características muito interessantes: 
     1) era uma reclinada - mais precisamente uma Optima Baron Lowracer;
     2) tinha uma transmissão primária, desde o pedaleiro (pedivela) até um motor eléctrico colocado a meio da transmissão; e 
     3) depois tinha uma segunda corrente que partia desse motor eléctrico para um cubo de mudanças internas de variação contínua - pelo que percebo, um NuVinci.

Esta solução é engraçadíssima, não só porque o motor utilizado era de eixo (hub motor) e estava a ser utilizado como se fosse um mid-drive (motor que se situa na transmissão, entre os pedais e a roda motriz) que foi adaptado para ficar naquela localização, mas também porque o cubo de mudanças atrás não tem propriamente velocidades separadas umas das outras, sendo muito mais suave: tem uma lógica de funcionamento muito parecida com a "caixa de velocidades" das aceleras, em que há um variador contínuo que transmite a rotação do motor à roda de forma progressiva.

Nesta foto disponível no sítio oficial do The Sun Trip conseguem ver bem ao que me refiro:

Bicicleta vencedora

Fica aqui um vídeo de toda a prova (também disponível para compra através do Vimeo ou em DVD), para vosso gáudio.



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